“Não fala assim comigo que não sou tuas Negas.” Reflexões sobre erotização, racismo e resistência negra no contexto brasileiro.

Autores:

  • Carolina Salgado de Souza
  • Kathlen Luana de Oliveira

Ano: 2017

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
O presente trabalho, resultado do Projeto de Ensino “Sujeito de Direitos: construção histórica dos direitos humanos” do campus Osório/RS do IFRS - PROEN/IFRS nº 002/2016, consiste em uma análise das desigualdades e violências e da busca pelo protagonismo das mulheres negras dentro do contexto brasileiro, no qual o racismo e o sexismo são parte estruturante da sociedade. Além disso, o trabalho é parte das ações do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Gênero e Sexualidades (NEPGS-IFRS). Serão apresentados aspectos históricos que sedimentaram um racismo específico sobre o corpo e a identidade da mulher negra. Parte-se do referencial de Giacomini e Mariza Corrêa. Giacomini apresenta a invenção do culto à sensualidade como “função justificadora” dos ataques sexuais e estupros. Mariza Corrêa atualiza as discussões sobre a invenção da mulata, o qual traz o contexto de erotização atribuído ao corpo das mulheres negras. O corpo da mulher negra foi tornado um objeto de prazeres e de exploração de sua força de trabalho. O projeto traz imensas contribuições para a discussão de desigualdades, violências e violações das mulheres negras. Por fim, o texto buscará evidenciar lutas das mulheres negras pela desconstrução desse paradigma histórico, num processo de construção de identidades negras descolonizadas do erotismo e da exploração do corpo e do trabalho.

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