Autores:
Ano: 2018
Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico
Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas
Resumo:
Muitas mulheres realizaram grandes feitos na ciência da computação: Ada Lovelace, primeira programadora; Margaret Hamilton, levou o homem a Lua com a missão Apollo 11; Grace Hopper, uma das criadoras da linguagem COBOL e Carol Shaw, primeira mulher na indústria de Games. Contudo, com a valorização da área, as mulheres foram relegadas a funções de menor valor e de invisibilidade. Na atualidade, o ramo da computação ainda é predominantemente masculino. Partindo disso, a pesquisa 'Mulheres na Informática: resgatando protagonismos' almeja debater essa história, articulando com experiências do IFRS - campus Osório. No campus Osório, são ofertados dois cursos na área da Ciência da Computação: o curso Técnico em Informática (TIEM) e o curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) e tem sido perceptível uma disparidade em relação aos gêneros nestes cursos. Desse modo, a pesquisa busca entender como a formação identitária feminina é condicionada e como isso afeta o seu desenvolvimento na computação. Heleieth Saffioti e Clevi Elena Rapkiewicz trazem fundamentação teórica à compreensão dos conceitos violência de gênero e relações de trabalho, respectivamente, necessários à pesquisa. Na vertente de observações, busca-se compreender, a partir de conceitos como identidade por Butler: como as estudantes de informática do campus Osório do IFRS se enxergam dentro desse cenário? Como avaliam suas capacidades e como percebem estímulos ou dificuldades nas suas relações de aprendizagem. Esse trabalho consiste em uma pesquisa-ação e realiza um levantamento de dados por meio de ações, entrevistas, tendo como recorte alunas do TIEM e do ADS do campus Osório. Serão analisados os dados coletados com o objetivo de identificar desigualdades estruturais dentro do campo da informática. Por fim, serão desenvolvidos ações para a afirmação das identidades por meio de oficinas, rodas e cine-debates acerca da presença feminina no campo da Computação, se buscará a ressignificação e reconquista do espaço. Como resultados parciais, percebe-se que nas relações de aprendizagem do campus, as estudantes se autocompreendem como inferiores na construção do conhecimento. Salienta-se, aqui, que o projeto de pesquisa articula-se com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (NEPGS) do campus Osório.