A contribuição dos Modelos das Nações Unidas para a educação em direitos humanos: a experiência do IFMUNdi no IFRS - Campus Osório

Autores:

  • Marina Sanches Wünsch (Coorientador)
  • Roberta Dos Reis Neuhold (Orientador)
  • Romero Assis De Oliveira (Autor)

Ano: 2019

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Ensino - Ciências Humanas

Resumo:
Os Modelos das Nações Unidas (MUNs) são reconhecidos por seu papel na educação em direitos humanos. Consistem em simulações de atividades desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e seus órgãos, tais como a Assembleia Geral, o Conselho de Segurança, a Corte Internacional de Justiça, dentre outros. Com isso, estudantes do ensino médio podem vivenciar o processo de discussão e reflexão sobre temas acerca da realidade global, representando os países do mundo enquanto diplomatas. Estes trabalho apresenta a experiência do “IFMUNdi: Promovendo debates, produzindo conhecimento no IFRS - Campus Osório”, um projeto de ensino inspirado nos MUNs, cujo objetivo é fornecer aos estudantes do ensino médio integrado ao técnico a oportunidade de atuarem como agentes de transformação social em espaços democráticos, que valorizem o diálogo e respeitem as diferenças. Este, por sua vez, surge a partir da demanda dos estudantes de se pensar as relações de conflitos entre os povos sob uma perspectiva interdisciplinar e autônoma. A metodologia utilizada inicia a partir da criação de um regulamento. Defini-se, a partir dele, a organização do evento - sendo de oito sessões de debates distribuídas em dois dias - além das regras de funcionamento, como o respeito aos Direitos Humanos, a obtenção da fala por inscrição, os regimes de votação, entre outras. A terceira edição do IFMUNdi teve sua abertura ainda no primeiro semestre de 2019, trazendo o tema “Mudanças Climáticas: Desafios para a Implementação de Energias Renováveis” para uma assembléia das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O exercício da democracia e o respeito aos Direitos Humanos, enquanto regras, resultaram, de forma geral, em um esforço progressivo dos participantes em lidarem com a simulação, sobretudo da perspectiva de quem mediava o debate. Ainda assim, os delegados cumpriram com os desafios propostos, simulando uma discussão atual com situações-problema bem definidas, além de criarem a “Resolução do Quênia” para as Energias Renováveis - um documento elaborado a partir das sessões de debate. Com isso, espera-se que no segundo semestre seja possível realizar um Fórum de debates sobre assuntos locais, e que com isso, o projeto permaneça incentivando o fazer democrático no Campus Osório.

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