Sífilis congênita: Proteja o futuro do seu filho

Autores:

  • Camilla Lazzaretti (Orientador)
  • Geovane Batista Anacleto Persch (Autor)

Ano: 2019

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências da Saúde

Resumo:
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Possui transmissão vertical, isto é, gestantes infectadas podem contaminar o feto, sendo denominada sífilis congênita com irreversíveis danos podendo haver até o óbito do recém nascido. O objetivo do presente trabalho é analisar as estimativas de sífilis congênita (SC) no Brasil entre os anos de 2007 e 2017. Foram pesquisados dados sobre sífilis congênita nos boletins epidemiológicos dos anos de 2017 e 2018 e no manual técnico para diagnóstico da sífilis de 2016 do ministério da saúde. Os dados serão apresentados em números absolutos e porcentagem do total. Os resultados mostraram que no Brasil aumentaram as taxas de incidência de SC entre nos anos avaliados, onde em 2007 a taxa era de 1,9 casos, e em 2017 foi de 8,6 casos/1.000 nascidos vivos. Em 2007 foram notificados 5.595 casos de SC, já em 2017 notificou-se 24.746 casos, totalizando 141.695 registros neste período. Em termos de comparação anual, tivemos o maior índice entre 2016 à 2017, com aumento de 16,4% na incidência. Já em 2017, onze estados apresentaram taxas de incidência de SC superiores à taxa nacional, dentre elas destacam-se Rio de Janeiro com 18,8 casos, Pernambuco com 14,4 casos e Rio Grande do Sul com 14,2 casos, todos a cada 1000 nascidos/vivos. Outros 16 estados apresentaram taxas inferiores, variando entre 2,2 à 7,2 casos/1.000 nascidos vivos. Observando-se as capitais, Porto Alegre teve a maior taxa de incidência de 32,8 casos/1.000 nascidos vivos, sendo quase quatro vezes mais alta. Outras dez capitais apresentaram taxa inferior que do Brasil, variando entre 2,4 à 8,2/1.000 nascidos vivos. O número de óbitos foi de 1.507, sendo o ano de 2015 notificados 235. Portanto a mortalidade infantil passou de 2,3 em 2007 para 7,2/100 mil nascidos vivos em 2017. Com estes dados, verificou-se que o desabastecimento de penicilina (tratamento para a sífilis) foi um dos grandes causadores para a infecção fetal. Com isso, verifica-se a necessidade de políticas públicas para o combate a doença em gestantes e seus parceiros sexuais para evitar a transmissão fetal.

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