PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS PESCADORES DE COCA NA BARRA DO RIO TRAMANDAÍ, IMBÉ (RS).

Autores:

  • Mauricio Lang (Coorientador)
  • Ignacio Benites Moreno (Orientador)
  • Rossandra Firme Calabrezi (Autor)

Ano: 2019

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Biológicas

Resumo:
A pesca de coca é uma atividade desenvolvida na desembocadura do estuário do rio Tramandaí, não sendo caracterizada quanto ao perfil socioeconômico dos seus praticantes. O objetivo do estudo é contribuir com informações sobre a pesca e descrever o perfil socioeconômico dos pescadores de coca. Durante os meses de janeiro a agosto de 2019 foram realizadas entrevistas semiestruturadas compostas por perguntas relacionadas ao perfil socioeconômico dos pescadores e à atividade de pesca, no município de Imbé. Antecedendo a entrevista foi apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Foram entrevistados 19 pescadores, sendo 84% do sexo masculino e 16% do sexo feminino. A faixa etária dos pescadores variou entre 32 anos e 73 anos com uma média de 58 anos de idade ±12. A maioria dos pescadores são moradores do litoral norte, sendo que 95% residem em Imbé e Tramandaí. Quanto ao nível de escolaridade, 47% possuem o ensino médio completo, 37% o ensino fundamental incompleto e 16% o ensino fundamental completo. Dentre os entrevistados, 53% eram economicamente ativos e 47% aposentados, possuindo renda mensal média de 2.205,00 reais, não sendo a pesca a principal atividade de renda. A modalidade da pesca é considerada como amadora para 84% dos pescadores, no entanto, 53% visam a comercialização de pescado. Ainda, 63% praticam a pesca como uma atividade física e esportiva, além de terapia antiestresse. Dos entrevistados, 63% possuíam algum documento de pesca (58% carteira de pescador amador e 33% registro geral de pesca e licença ambiental do IBAMA). Através das informações do perfil socioeconômico dos praticantes, a pesca de coca é praticada por pessoas aposentadas e com atividades econômicas não associadas diretamente à pesca. Considerando a localidade dos pescadores, a pesca é desenvolvida quase que totalmente por moradores locais que praticam a pesca para lazer, sugerindo uma modalidade amadora. Apesar destes dados, a pesca de coca segundo legislação específica é enquadrada como pesca profissional, contrariando o perfil dos seus praticantes.

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