Uma nova ótica da vida para uma nova ética do existir

Autores:

  • Aline Silva De Bona (Orientador)
  • Ana Boeira Porto (Autor)

Ano: 2019

Nível de Ensino: Pós-Graduação

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
Até 2050 a temperatura média do planeta será de um ou dois graus mais elevada do que a atual causando prejuízos às inúmeras formas de vida. A espécie Homo sapiens é a que mais contribui para a velocidade dessa mudança através, sobretudo, da emissão de gases do efeito estufa. O aquecimento acelerado do planeta compõe uma das inúmeras ações humanas que estão contribuindo para a destruição da Terra. Existem teorias e estratégias para compreender e (re)aproximar o ser humano da natureza na qual irracionalmente explora e indubitavelmente depende. Uma delas é a compreensão da condição humana através do reconhecimento do Homo complexus proposto por Edgar Morin na obra Os sete saberes necessários à educação do futuro. Outra abordagem relevante para esta compreensão é o reconhecimento do caos que ecoa na natureza e dentro de nós conforme discorre Leonardo Boff no livro A terra na palma da mão. Assim, temos como objetivo realizar um diálogo entre estes autores para expandir o pensar sobre como está se dando nossa existência terrena e como a educação pode auxiliar nessa (re)aproximação. O presente trabalho é um recorte de uma pesquisa de cunho qualitativo que vem sendo realizada no IFRS Campus Osório junto ao curso de Educação Básica Profissional. Conhecer o humano é situar sua existência no universo e assim assumir que, inseparavelmente, os questionamentos “Quem somos? Onde estamos? De onde viemos? e Para onde vamos?” nos levam a perceber que não estamos marginalizados da natureza. As moléculas que compõem nossos corpos são oriundas do caos criador do universo, assim, o caos também habita em nós. Quando o reconhecemos e o assumimos é que nos fazemos sapientes, pois ao enxergá-lo, passamos a organizar e criar a partir dele. Assim, a educação deveria mostrar que possuímos uma condição comum enquanto humanos ao mesmo tempo em que compartilhamos uma diversidade de indivíduos. A escola, ambiente plural, se mostra um local ideal para a vivência desta percepção. Assumir que somos seres complexos e compostos do racional e irracional nos permite abraçar a natureza caótica que nos habita para assim existirmos de maneira mais sustentável no mundo.

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