Explorando o microcomputador: a linguagem BASIC, usos e possibilidades através das revistas de Informática (1981-1984)

Autores:

  • Marcelo Vianna (Orientador)
  • MaurÍlio Quadros Da Rosa (Autor)
  • Iris Debastiani De Mello (Autor)
  • Sarah Lima Jaeger (Autor)

Ano: 2019

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
O surgimento dos microcomputadores se deu nos anos 1970 com uma proposta de autonomia e independência, oferecida aos seus usuários com o uso dos aparelhos dentro do ambiente doméstico. Para tal autonomia era preciso desenvolver alguns conhecimentos, já que o microcomputador vinha acompanhado de um interpretador em linguagem BASIC que impossibilitava o uso aos desconhecedores. Deste modo, para facilitar essa interação entre máquina e usuário, surgiram publicações especializadas que buscavam contribuir no entendimento e exploração dos limites técnicos dos microcomputadores, envolvendo os leitores em um campo até então fechado a especialistas da Informática. Partindo da experiência brasileira, nossa pesquisa procura observar como as publicações de microinformática no país traziam matérias e cursos envolvendo a linguagem BASIC para computadores, em suas diferentes manifestações. Como fontes, foram utilizadas as revistas Micro Sistemas, Micro Hobby e Micro Mundo, tendo em vista sua circulação e popularidade entre a comunidade informática. A pesquisa analisou matérias, propagandas e listagens de códigos em BASIC publicados nesses periódicos, observando as diversas propostas e funcionalidades, como aplicações comerciais e financeiras, jogos eletrônicos e programas voltados à Educação e à Saúde, além do retorno dos leitores através dos códigos e críticas publicadas. Nossos resultados parciais revelaram a existência de um semblante educacional, já que interessava despertar no usuário uma série de competências a partir do aprendizado da linguagem e construção de programas, tais como raciocínio lógico; por outro lado, a pluralidade de programas demonstram haver ainda certa indefinição sobre o papel ocupado pelo microcomputador, visto tanto como um divertimento, sendo voltado a jogos, quanto como uma ferramenta de trabalho para profissionais liberais ou pequenos estabelecimentos comerciais. Por fim, encontramos uma tendência aos jogos e utilitários por parte dos leitores que enviaram seus códigos às revistas.

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