Associações e brechós como espaço de resistência: uma análise sobre as inter-relações femininas e o estudo de caso do Litoral Norte Gaúcho

Autores:

  • Victórya Leal Altmayer Silva
  • Flavia Twardowski

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Sociais Aplicadas

Resumo:
Nas últimas décadas a discussão feminista e do desenvolvimento sustentável ganharam espaço. Neste sentido, é necessário trazer a sororidade e a economia circular para o contexto local, visando refletir sobre como tais conceitos têm sido um pilar para fundamentação teórica feminista atual, bem como para a ideia de laços associativos femininos na esfera popular. Deste modo, o objetivo geral desta pesquisa é desenvolver um aplicativo com arquitetura peer-to-peer, para que os donos e donas de brechós, líderes de associações femininas possam divulgar seus estabelecimentos e em conjunto uma plataforma que também leve com facilidade e, principalmente, confiabilidade essas informações à população feminina do Litoral Norte gaúcho. A metodologia para coleta e análise do estudo são: pesquisa bibliográfica e documental, pesquisa quali-quantitativa, pesquisa empírica, estudo de caso, pesquisa de campo e análise de casos, ambos com foco na perspectiva da história feminista e as implicações femininas locais. O Design Thinking é a ferramenta utilizada na etapa de prototipagem. Os resultados parciais mostram que existem plataformas nacionais e internacionais que estabelecem a ideia de economia colaborativa e, assim, de partilha. No entanto, não foi possível encontrar, dentro da bibliografia pesquisada, plataformas que realizem esse encontro entre as associações e brechós femininos, isto a nível setorial, estadual, nacional ou internacional, demonstrando as potencialidades desse projeto. A pesquisa mostrou que a copropriedade, vinda da economia colaborativa, se torna uma ferramenta necessária e potente para o fortalecimento desses espaços coletivos. O setor têxtil se insere na esfera popular e comunitária através dos brechós femininos. Neste sentido, cria-se uma inter-relação entre os conceitos apresentados, os espaços coletivos femininos (brechós e associações) e as inovações advindas da era digital, que garantem uma facilitação informativa para que se possa “fazer ver” o trabalho advindo destas organizações, bem como facilitar o processo de compra e venda e por fim, proporcionar uma plataforma confiável e de encontro. Espera-se com o protótipo uma melhora na qualidade dos serviços prestados e recebidos pelos coletivos femininos analisados.

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