Educação Sexual: Uma necessidade para a contemporaneidade

Autores:

  • Vitor Schlickmann
  • Luiza Todeschini Vieira
  • Bárbara Brito Sponga
  • Luiza Borges Polesso
  • Mariana Scussel Zanatta

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
Entre 2011 e 2017, o Brasil teve um aumento de 83% nas notificações gerais de violências sexuais contra crianças e adolescentes, segundo boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde. No período foram notificados 184.524 casos, sendo mais de 60% contra crianças e adolescentes. Sabendo-se que no contexto escolar as manifestações da sexualidade estão presentes, cabe ao professor e a professora problematizá-las. Educação sexual é uma estratégia de ensino sobre os aspectos intelectuais, emocionais, físicos e sociais da sexualidade. Seu objetivo é prover conhecimento para crianças e jovens, idoneidade, atitudes e valores que os empoderem para: vivenciar sua saúde, bem estar e autoestima; considerar como suas escolhas afetam o bem estar próprio e dos outros e entender e garantir a proteção de seus direitos ao longo da vida. Porém ao realizar a discussão histórica da educação sexual no século XX percebe-se que ocorrem momentos de conquistas e recuos. O objetivo desta pesquisa é identificar como a educação sexual está sendo trabalhada nas escolas e a opinião dos docentes e discentes sobre como abordar os assuntos. Para a coleta de dados utilizou-se as seguintes estratégias: revisão bibliográfica; pesquisa de relatos de casos de violência sexual e violência moral contra crianças e adolescentes e aplicação de questionário online e presencial em instituições de ensino da rede pública de Caxias do Sul, com estudantes e professores. Notou-se uma grande parcela de alunos que já presenciaram alguma abordagem ou discussão sobre o assunto na instituição de ensino, porém limitada a assuntos tratados em aulas de biologia. Os mesmos se mostraram interessados em ter assuntos como sexualidade, autoestima, assédio, abuso sexual, etc. Observou-se, também, que a maioria dos professores gostariam de participar de cursos de capacitação, por considerar o assunto de suma importância. Conclui-se a necessidade de uma política pública de prevenção, a ser desenvolvida nas escolas, que promova a capacitação de profissionais para a implementação de aulas de educação sexual, priorizando a saúde, bem estar e sociabilidade.

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