A inserção chinesa no Rio Grande do Sul: comércio, investimentos e cooperação para o desenvolvimento.

Autores:

  • Nicole Klein Pereira
  • Maíra Baé Baladão Vieira
  • Jean Marques Brizola

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Sociais Aplicadas

Resumo:
A década de 2000 revelou expressiva alteração no padrão do relacionamento Brasil-China, o que conformou a possibilidade do desenvolvimento de relações paradiplomáticas, aquelas nas quais governos subnacionais estabelecem conexões com entidades públicas e privadas a nível internacional. A presente pesquisa busca estabelecer a evolução das relações econômicas e de cooperação entre China e o estado Rio Grande do Sul entre 2001 e 2019. São ainda objetivos específicos do estudo analisar a balança comercial no período indicado, avaliar os investimentos realizados pelo capital chinês no Rio Grande do Sul e pelo capital gaúcho na China e mapear os projetos de cooperação internacional descentralizada realizados entre unidades subnacionais chinesas e o governo estadual. Esta investigação justifica-se pela importância da China para o panorama mundial bem como pela escassez de publicações sobre as relações do estado do Rio Grande do Sul e seus municípios com a China. A pesquisa, de tipo qualitativa e de abordagem exploratória, está sendo realizada com base em consulta bibliográfica a fontes secundárias e primárias como, por exemplo, documentos oficiais, relatórios de instituições financeiras, estatísticas comerciais, artigos científicos e relatórios governamentais. São considerados os eventos transcorridos a partir de 2001, ano da assinatura do protocolo de irmanamento do estado do Rio Grande do Sul com a província de Hubei. Diante das primeiras análises, pôde-se aferir que o relacionamento entre Rio Grande do Sul e China esteve pautado majoritariamente em assuntos comerciais, com forte ação do governo do Rio Grande do Sul no estabelecimento de ações com a China durante a primeira década dos anos 2000, com o envio de missões a cidades como Pequim e Hong Kong. Estima-se, porém, que a partir do ano de 2013, última missão governamental à China de primeiro escalão, a ação dos governos municipais tenha substituído intensamente a ação do governo estadual. Espera-se, quando da conclusão total do estudo que esta hipótese seja corroborada pelos fatos a serem levantados e que seja possível perceber nitidamente a substituição do protagonismo estadual pelo municipal nas relações paradiplomáticas das unidades subnacionais gaúchas com as suas contrapartes chinesas.

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