Microcomputadores no Brasil: um estudo da indústria de informática pessoal na década de 80

Autores:

  • Marcelo Vianna
  • Gustavo Gonçalves Pereira

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
No Brasil, a indústria de microcomputadores começou na década de 1980, com um forte incentivo do governo para o desenvolvimento nacional do mercado, através da Política Nacional da Informática. Diversas empresas, desde grandes negócios já estabelecidos em outras áreas a completamente novas, tentavam tomar seu lugar nessa área. A formação de programadores e desenvolvedores de software também era importantíssima, já que auxiliaria na implementação e consolidação das novas tecnologias, portanto a presença da imprensa, revistas, informativos e demais periódicos, contendo programas e propagandas, ajudou plenamente o desenvolvimento na época. O projeto objetiva traçar o desenvolvimento da informática na década, estudando características que levaram ao sucesso, ou fracasso, das concorrentes da época. A metodologia adotada é o estudo de informações disponibilizadas pela imprensa da época, como revistas contendo entrevistas e listas pertinentes, além de relatórios da Secretaria Especial de Informática, artigos e livros. Com os dados coletados, busca-se criar planilhas para comparação e relatórios para o desenvolvimento da pesquisa. O projeto está em fase de coleta e estudo de informações, mas se pode criar hipóteses quanto ao grau de sucesso em iniciativas industriais. É possível identificar abordagens corporativas da época, assim como seus graus de sucesso. Como exemplos podem ser citadas as empresas Prológica, Codimex, e BVM, todas com suas individualidades, alcançando seus públicos e procurando se estabelecer no mercado. Pode-se perceber diferentes características entre as diversas empresas, como uma filosofia de expansão e diversificação de modelos de micros com a Prológica, ou no caso da Codimex, que investiu no desenvolvimento de um único modelo de microcomputador, e por último uma ideia de originalidade da BVM, apostando em um modelo sem similar nacional. Analisando estes casos, podemos apontar algumas características que asseguravam a permanência no mercado do período, tais como opção por modelos de microcomputadores já consagrados e uma rede de assistência com abrangência nacional. Deve-se observar também que, nossos resultados parciais demonstram que, devido ao dinamismo do campo da Informática, as companhias analisadas tiveram dificuldades em acompanhar as transformações tecnológicas, mesmo sob proteção da Política Nacional de Informática.

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