BIBLIOTERAPIA: RESSIGNIFICANDO A PESQUISA E SEUS PESQUISADORES/PROTAGONISTAS A PARTIR DO ISOLAMENTO SOCIAL

Autores:

  • Gilmar de Azevedo
  • Flor Vergínia Blanco Moreira
  • Ana Maria Bueno Accorsi
  • João Batista da Silva Goulart

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Pesquisa - Linguística, Letras e Artes

Resumo:
O presente trabalho pretende discutir a importância da Biblioterapia, no contexto das reuniões científicas para os pesquisadores – docentes e discentes - do projeto de pesquisa “Biblioterapia: Humanização dos espaços hospitalares do Hospital materno-infantil Presidente Vargas”, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), enquanto alternativa proporcionada pela prática de leitura terapêutica e consequente alívio de sentimentos decorrentes de um afastamento social. Nesse sentido, no ano de 2020, a pandemia causada pelo Sars-Cov 2 (COVID 19) impôs o isolamento social que, no contexto acadêmico, ocasionou a interrupção das atividades de campo do grupo de pesquisa em biblioterapia, em virtude da possibilidade de contágio, logo, produzindo sensações de medo, impotência e ansiedade. Contudo, os pesquisadores continuaram com as formações pelo ambiente remoto de aprendizagem, possibilitando, assim, novas perspectivas frente aos desafios impostos e caminhos a serem ressignificados dentro da pesquisa. Como metodologia de trabalho, partiu-se da investigação bibliográfica que assentou sua estrutura na conceituação e papel da biblioterapia como processo terapêutico de crescimento e desenvolvimento pessoal e coletivo. Por conseguinte, na discussão sobre as alternativas que a área de pesquisa biblioterápica pode oferecer em meio à pandemia, ainda que em ambiente remoto, depreende-se, a partir da catarse de sentimentos, valores e ações, o efeito positivo das atividades realizadas em relação ao rendimento dos pesquisadores nas formações científicas. Portanto, ao reduzir o distanciamento discente-discente e discente-docente, proporcionou-se uma vasta produção de conhecimentos e de materiais para a contação de histórias advinda da utilização dos recursos multimodais digitais, bem como a realização de práticas enriquecedoras de leitura terapêuticas a partir da literatura. Desse modo, conclui-se que a experiência da biblioterapia se constituiu como possibilidade para auxílio na manutenção da saúde mental de todos e, em especial, do grupo de pesquisadores neste ano atípico, além de reforçar os laços de união por meio de construtos de outridade. Palavras-Chave: Biblioterapia. Leitura terapêutica. Sars-Cov 2. Outridade.

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