A Estrutura do conto: das lendas populares ao conto moderno

Autores:

  • Amália Cardona Leites
  • Vitória Carolina Martins Marcolin

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Linguística, Letras e Artes

Resumo:
Considera-se incerto o início da contações de histórias, mas sabe-se que sempre estiveram presentes no nosso cotidiano. Assim, este trabalho trata da estrutura do gênero literário “conto”, e delimita-se principalmente pelo intervalo de tempo que inicia nas lendas populares até o conto moderno. Tem como objetivos avaliar como o gênero se desenvolveu e fixou durante esse período, buscando identificar como os contistas conseguiam escrever contos parecidos. Outrossim, diferenciar as formas de se escrever um conto, a fim de verificar a existência de uma estrutura. A justificativa da pesquisa se dá ao evidenciar-se a importância do conto historicamente e no meio escolar, visto que são narrativas curtas e podem tornar o indivíduo mais reflexivo para o mundo. A pesquisa pode auxiliar professores da área da literatura e futuros contistas: Para tanto, o processo metodológico deste trabalho é focado na pesquisa bibliográfica, e consiste em leituras de artigos, sites e capítulos de livros, escritos por estudiosos da área, pesquisadores e contistas. Utiliza-se também o método dialético, para que se tenha um embasamento textual prévio - tese e antítese - que possa encaminhar as conclusões finais - síntese -, diante de uma análise que será desenvolvida posteriormente às leituras. Quanto aos resultados, parcialmente é possível elencar que não se sabe ao certo quando se iniciaram as lendas populares, estórias contadas apenas oralmente, pois ocorreram antes mesmo do desenvolvimento da escrita, período do qual não há registros. Entretanto, na segunda fase do conto, em que há registros escritos, pode-se destacar “Os contos dos mágicos”, vindos do Egito; as histórias do antigo testamento da Bíblia, como as de Caim e Abel e "As Mil e uma Noites”, da Pérsia, como alguns dos primeiros registros. Por outro lado, “Decameron”, de Boccaccio, é um exemplo das primeiras estórias que foram traduzidas a outras línguas, e com Edgar Allan Poe surge o conto moderno. Nesta segunda fase, as estórias eram utilizadas preliminarmente com fins didáticos visando a formação do indivíduo. Com o tempo, a função do conto passou a englobar também a fruição. Outrossim, acredita-se que os contistas se adequaram às “regras” do conto apenas lendo outros contos.

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