DA NEGAÇÃO DE DIREITOS À LUTA POR UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA: A TRAJETÓRIA DAS PESSOAS NEGRAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Autores:

  • Kathlen Luana de Oliveira
  • JÉSSICA NASCIMENTO PACHECO

Ano: 2020

Nível de Ensino: Pós-Graduação

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
A luta por direitos das pessoas negras é composta por uma longa caminhada, e perpassada por muitos obstáculos. É pelo reconhecimento da dignidade humana. Com a negação de direitos; há a negação da própria humanidade. No Brasil, o racismo persiste; é perverso, mata, aniquila, silencia. Nesta pesquisa, pretende-se debater a educação antirracista, identificando os processos históricos de luta em busca da garantia dos direitos fundamentais, entre eles o direito de ser e pertencer à sociedade. A justificativa de desenvolver tal pesquisa se dá pela urgência que o debate antirracista tem assumido nas pautas educativas. Isso tornou possível identificar que as escolas se restringem a abordar a temática no dia 20 de novembro ou em assuntos acerca da escravidão. Abordar tal temática se faz necessário, para que possamos refletir sobre nossas concepções de mundo, preconceitos e atitudes. A pesquisa de caráter bibliográfico foi dividida em tópicos, sendo que o primeiro remonta o período escravagista, de negação de direitos, na forma da lei. Logo após, o trabalho traz a luta, a resistência e as conquistas dos Movimentos Negros na história, como o MNU (Movimento Negro Unificado) que resiste até os dias atuais e é considerado uma das entidades mais importantes do gênero. Por fim, a pesquisa reflete sobre fundamentos de uma educação que seja realmente antirracista. Ao longo deste trabalho foi possível a compreensão que a partir de 1888, com a Lei Áurea, legalmente não poderia haver mais escravos em todo território brasileiro. Entretanto, de escravo, o sujeito passou a ser “marginalizado” (viver à margem da sociedade). Fundamentada pelos escritos de Paulo Freire, Pierre Bourdieu, Maria H. C. Bastos, Marilena Chauí, Silvio Almeida, entre outros, a pesquisa nos leva a problematizar que a questão racial vai além de condutas individuais, é histórica, é estrutural. Em síntese, a luta por uma sociedade antirracista precisa ser um compromisso de todos nós.

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