Transtorno Bipolar: Identidade e Sociabilidade

Autores:

  • Jonathan Henriques do Amaral
  • Isadora Lima da Cunha

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
A pesquisa aborda aspectos da identidade e sociabilidade de portadores do transtorno afetivo bipolar (TAB). A pertinência do tema escolhido baseia-se na carência de informações a respeito do transtorno. Embora o TAB afete milhões de indivíduos no mundo todo e seja uma das doenças neuropsíquicas mais prejudiciais ao portador, as informações a seu respeito ainda são pouco divulgadas, e o financiamento precário das suas pesquisas dificulta o avanço em busca de uma cura ou novos esclarecimentos sobre sua causa e sintomas. O objetivo geral da pesquisa é analisar de que forma o diagnóstico do TAB impacta na maneira como o portador se reconhece como sujeito e estabelece laços sociais. A metodologia foi feita através de questionários com perguntas fechadas (de múltipla escolha e em escala Likert) e abertas. Os questionários foram enviados via internet aos indivíduos portadores do transtorno que participam de blogs e grupos da plataforma Facebook relacionados ao TAB. A pesquisa permanece em fase de execução. Os questionários foram enviados recentemente, assim ainda não alcançaram um número significativo de respondentes (oito indivíduos). Contudo, é possível examinar os resultados parciais: todos afirmaram que antes do diagnóstico já se sentiam diferentes por causa de algum comportamento ligado ao transtorno; eles relatam comportamentos instáveis caraterísticos dos sintomas do TAB; para 5 dos 8 indivíduos, os laços familiares e sociais mudaram após o diagnóstico - para alguns, melhoraram, mas para outros foram prejudicados, principalmente pelo preconceito referente à doença; todas as questões em escala Likert obtiveram alto nível de concordância: 4 respondentes concordaram com a afirmação sobre uso da internet como local de desabafo, 5 concordaram que os laços afetivos contribuíram para lidar com o transtorno e 7 concordam que passaram a se enxergar de forma diferente após o diagnóstico; a maioria dos respondentes afirmou que o contato com outros portadores através da internet ajudou a lidar melhor com o transtorno; as reações ao receber o diagnóstico variam entre alívio, medo e confusão mental; por fim, todos afirmaram que o TAB já afetou suas vidas profissionais, devido à falta de compreensão dos outros indivíduos e principalmente aos momentos de depressão e euforia.

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