Autores:
Ano: 2020
Nível de Ensino: Ensino Superior
Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas
Resumo:
A revogação do item III da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei n. 9.394/1996) pela lei n. 11.684/2008 tornou obrigatório o ensino de Sociologia em todos os anos do ensino médio do Brasil. Desde então, desenvolveu-se uma nova etapa da Sociologia como disciplina escolar, não apenas na educação básica, como no âmbito das políticas públicas, da formação de professores, da produção acadêmica e científica. Também em 2008, por meio da lei 11.892, foram criados os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. No que tange a esse período de tempo, o presente estudo tem como objetivos: 1. construir o perfil dos professores de sociologia dos IF’s; 2. analisar as trajetórias acadêmicas em termos de graduação, mestrado e doutorado; 3. mapear os principais polos formadores; 4. descrever o perfil em termos de divisão sexual; 5. comparar os resultados de uma região do País com as demais, dando ênfase para a região norte do Brasil. A importância de focar a pesquisa na região norte se dá principalmente em uma dificuldade de reunir dados dispersos em contraste com as demais regiões, já que muitas dessas unidades se encontram longe dos grandes polos centrais da educação. Tal fator pode fazer com que sobressaiam as diferenças internas dos professores no âmbito institucional, bem como a pluralidade de formação e trajetória acadêmica. Foi realizado um levantamento censitário do perfil dos professores de Sociologia dos Institutos Federais de todo o Brasil, perfazendo os 38 Institutos Federais e 661 campi. A identificação inicial dos docentes foi utilizada por meio de páginas eletrônicas dos Institutos Federais e depois consulta no currículo lattes. Quando não havia informação suficiente, foi enviado email para obtê-la, já que são dados públicos e não requerem trâmites na Comissão de Ética em Pesquisa. O estudo verificou um perfil dos professores de sociologia com graduação em ciências sociais (95%), continuidade nos programas de pós graduação, predomínio do sexo masculino (66%), além da forte presença das universidades federais na formação. Diante disso , podemos pensar: como os IF's do norte se situam em relação às demais redes de ensino e regiões do país?