Investigando o visual - a representação imagética da informática através da imprensa (anos 1970 e 1980)

Autores:

  • Gabriela Dadda Bittencourt
  • Marcelo Vianna
  • Iris Debastiani de Mello

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
Na década de 1980 os primeiros computadores pessoais aparecem no mercado brasileiro, os microcomputadores e diversos grupos sociais se mostraram interessados em explorar essa tecnologia que prometia proporcionar maior liberdade individual. A partir disso, surgem as revistas e jornais especializados em microcomputadores, que buscavam contribuir no entendimento e assim possibilitar a utilização dos mesmos. As publicações contavam com matérias, programas e variadas ilustrações, mas qual era a função da linguagem imagética dentro desses periódicos? Como isso afetava a sociedade? O propósito da pesquisa em questão é observar como a informática era promovida e recebida pelos meios de comunicação da época, relacionando escrita, imagem e história a fim de acompanhar as transformações gráficas e perceptivas influenciadas pela mídia. Para isso, iniciamos uma pesquisa bibliográfica em revistas (Micro Sistemas, Microhobby, MicroMundo, Dados e Ideias) e periódicos (Jornal do Brasil, Estadão, O Globo) do fim dos anos 1970 e início dos anos 1980. Coletamos e analisamos ilustrações, charges, gravuras e propagandas que representassem a popularização do microcomputador e sua cultura. Salvamos as imagens em nosso acervo digital e classificamos as informações obtidas em planilhas. Como resultados parciais, realizamos a análise de 30 imagens, retiradas de um acervo de 40 edições, em meio a revistas e jornais, o que possibilitou uma breve e objetiva leitura de como era representada a chegada dos microcomputadores. Dentre as figuras que analisamos, um grande percentual expressava um sentimento de empolgação, curiosidade e até mesmo receio dos avanços que a tecnologia demonstrava, afinal era uma novidade nunca vista antes, as máquinas estavam tomando lugar dentro das casas e é perceptível que a sociedade estava curiosa e receosa quanto às proporções que a tecnologia tomava. Com um caráter inovador no âmbito imagem, tecnologia e sociedade essa pesquisa inova a forma que enxergamos as ilustrações através da análise de gravuras do período, algo que não é visto com frequência. Assim, investigando de uma forma mais aprofundada a relação que se iniciava entre ser humano e máquina, o que atualmente não conseguimos desvencilhar de nosso cotidiano.

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