O PROJETO PROTAGONISMOS E SABERES NEGROS: ROMPENDO INVISIBILIDADES DAS MULHERES NEGRAS NO LITORAL NORTE DO RS

Autores:

  • Kathlen Luana de Oliveira
  • Maria Luiza Silva Conceição

Ano: 2020

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
O projeto Protagonismos e saberes negros: rompendo invisibilidades das mulheres negras no litoral norte do RS é um projeto de pesquisa vinculado ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indígena (NEABI) e ao Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero e Sexualidade (NEPGS), pensado com o intuito de mapear a presença das mulheres negras na região. O trabalho parte da constatação da dificuldade em encorajar o protagonismo da negritude na comunidade do campus Osório, afinal os espaços ainda são limitados e vinculados a datas específicas que circundam a representatividade. O foco dessa pesquisa é localizar protagonismos das mulheres negras da região e compreender as causas da invisibilidade. O projeto parte de estudos teóricos para compreender as formas do racismo, identificando os fatores históricos e antropológicos do apagamento das identidades negras. Para isso, metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como bibliográfica. O principal referencial teórico é Lélia Gonzalez, uma professora, política e antropóloga brasileira. São analisados, a partir de Gonzalez, as relações de classe, raça, gênero e o racismo estrutural. Como resultados, até o momento, constata-se, a partir de Lélia Gonzalez, a complexidade das estruturas sobre as questões raciais no Brasil. Conceitos racistas ainda estão presentes e são reatualizados em nossa sociedade como herança da colonização. Além de processos de escravização, há o apagamento cultural, identitário, da ancestralidade e da resistência negra. Para a autora, o racismo, além de roubar nossas identidades, internaliza a sensação de inferioridade, fazendo com que todas as estruturas da sociedade sejam brancas e excludentes. A desigualdade social é um fator inconsciente e impregnado culturalmente. Como conclusão, percebe-se a importância de espaços para diálogo sobre protagonismo das mulheres, sobre racismo para compreender a importância da pluralidade e da representatividade. O preconceito racial é um problema enraizado culturalmente, e uma das formas de combatê-lo é trazendo autoras negras para dentro da comunidade escolar e científica, estudando-as e pesquisando-as. É preciso conhecer resistências para desconstruir o racismo, suas violências e suas desigualdades.

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