Autores:
Ano: 2020
Nível de Ensino: Pós-Graduação
Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas
Resumo:
Este estudo constitui-se excerto de dissertação, em fase de finalização para o Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional em Educação, da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Uergs. Preconiza uma abordagem das práticas da gestão escolar na escola pública, tendo como objeto investigativo as equipes diretivas e as relações que protagonizam na escola. O estudo compreende uma análise de cunho sociológico, amparada nos teóricos Zygmunt Bauman e Richard Sennett, centrando-se em um movimento intelectual de cunho dialógico, afastando-se da dialética. Os conceitos de “sociedade de consumo” (BAUMAN, 2008) e de “empatia” (SENNETT, 2012), se tornam fundamental para o exercício da pesquisa. A metodologia prioriza o caráter descritivo, tendo em seus procedimentos a natureza participante, devido a efetiva atuação do pesquisador no lócus da investigação. É demanda o desenvolvimento de um produto que ajude a responder ao que foi problematizado. Para tal, encontra-se em desenvolvimento um Infográfico com - os 10 (DES)mandamentos para a gestão dos encontros empáticos na escola pública -, e um vídeo, onde em entrevista, com duração aproximada de 30 minutos, socializa-se os achados da pesquisa. O estudo já revelou que: a) os professores, em sua maioria, não se sentem contemplados em suas práticas pedagógicas; b) os gestores escolares priorizam às exigências do mercado capitalista, transformando a educação em mercadoria para o atendimento da sociedade de consumo; c) o entendimento de empatia configura-se um equívoco entre os professores e sustenta-se pelas ideias do senso comum; d) para o ambiente científico a empatia torna-se construto dialógico evitando a dialética, ou seja, implica em um movimento em que as pessoas convivem, independentemente de suas diferenças no modo de pensar e agir; e) tanto os membros da equipe diretiva quanto os demais professores necessitam do fomento da empatia para estabelecer vínculos maturados. Na sociedade de consumo líquido-moderna se configura a fragmentação e o individualismo das relações, portanto urge a necessidade de encontros empáticos, como premissa para a desenvolvimento da cooperação dialógica nos espaços educativos.