Estudo de Extratos Aquosos de Plantas Medicinais na Inibição do Agente Causal da Sigatoka-Amarela da Bananeira

Autores:

  • Flávia Santos Twardowski Pinto
  • Amanda de Lorenzi Borges

Ano: 2021

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Agrárias

Resumo:
A banana (Musa spp.) é a fruta mais consumida mundialmente, sendo a bananicultura um dos principais agronegócios mundiais. A sigatoka-amarela (Mycosphaerella musicola) é uma doença foliar que atua lesionando as folhas da bananeira e, quando não controlada, pode induzir a perdas severas na produtividade. Dessa forma, a presente pesquisa buscou avaliar a eficiência de extratos bruto aquosos de alho (Allium sativum), carqueja (Baccharis trimera), erva-mate (Ilex paraguariensis) sobre o crescimento micelial de M. musicola, de forma a buscar a inibição deste. Os ensaios foram conduzidos no Laboratório de Ciências do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Campus Osório, sob Delineamento Inteiramente Casualizado, em quadruplicata. O microrganismo foi coletado a partir de folhas sintomáticas, isolado e cultivado em meio de cultura batata-dextrose-ágar (BDA). Os extratos aquosos foram preparados a partir do processo de liquidificação. Os extratos de carqueja e erva-mate foram submetidos à aplicação de calor por 1 hora a temperatura de 60°C e 80°C. Os mesmos extratos foram preparados através de autoclavagem, 120°C por 20 minutos. O extrato de alho não foi esterilizado. Posteriormente, todos foram homogeneizados ao meio BDA, em concentrações de 5, 10 e 20% e plaqueados em placas de Petri. O micélio do fungo M. musicola medindo 5 mm² foi inoculado. Os tratamentos foram acompanhados com intervalo de 48 horas, durante dez dias, e os resultados coletados foram submetidos à análise de variância e Scott-Knott. Foi observado que os extratos de erva-mate e carqueja, independentemente da concentração e temperatura utilizada, foram ineficientes na inibição do fungo. Dentre os extratos vegetais estudados, apenas o de alho, nas concentrações de 25% e 50%, controlou satisfatoriamente o desenvolvimento de M. musicola, inibindo completamente o crescimento fúngico deste. Conclui-se que o extrato aquoso de alho se apresenta como uma solução econômica, social e ambientalmente viável para o combate à sigatoka-amarela, sendo um produto de fácil produção e acesso aos produtores rurais, e possibilitando sua utilização em programas de controle da doença.

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