Experiência de práticas colaborativas da Língua Brasileira de Sinais, através de comunicação por vídeo, de forma síncrona

Autores:

  • ALINE DUBAL MACHADO
  • Ana Clara Jardim da Silva

Ano: 2021

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Ensino - Linguística, Letras e Artes

Resumo:
A Língua Brasileira de Sinais (Libras), a qual constitui-se como principal meio de comunicação e identidade dos surdos, configura-se como uma língua gestual-visual. Devido a sua modalidade, os processos que permeiam o aprendizado desta língua envolvem alguns aspectos fundamentais, como interação e trocas comunicativas. No entanto, com a chegada da pandemia de Covid-19, a maneira como estas interações se davam necessitou ser reinventada. No contexto do imposto isolamento social, o uso da Tecnologia de Comunicação Digital (TCD) é fomentado e coloca-se como principal ferramenta no processo ensino e aprendizagem. A utilização da TCD na educação passa, então, a oportunizar novas formas de aprender, baseada na colaboração, inovação, compartilhamento e na coletividade (JENKINS, 2009), onde os sujeitos, ao mesmo tempo que aprendizes, são também auxiliares da aprendizagem do colega (FIGUEIREDO; SILVA, 2014). Nesse sentido, é iniciado, em abril de 2020, um grupo para práticas colaborativas da Libras, composto por estudantes do IFRS-Campus Osório, com o objetivo de constituir um ambiente virtual propício às trocas comunicativas e socioculturais, bem como visando a manutenção de interações durante o período pandêmico. Para tanto, utilizou-se da pesquisa-ação como metodologia, a qual constituiu-se em encontros semanais através do serviço de comunicação por vídeo - Google Meet, onde uma temática era definida a cada semana e, a partir dessa, os participantes responsabilizam-se por apresentar, ao grupo, três sinais em Libras relacionados, além da promoção de discussões dentro do tópico e, dinâmicas para internalização do que era desenvolvido. Após o encerramento da ação, um questionário pelo Google Forms foi aplicado, a fim de analisar os resultados obtidos com a experiência. Analisadas as respostas, concluiu-se que 100% dos participantes consideraram que houve colaboração entre eles, inclusive apontando-a como princípio norteador do grupo. Além disso, afirmam que a ação possibilitou diferentes aprendizados relativos à língua de sinais, tais como: habilidades de sinalização e interpretação, aquisição de novos sinais e maior compreensão da sintaxe da Libras. Neste sentido, os sujeitos puderam ser ativos em seu processo de construção de conhecimento, e não meros receptores passivos (ROJO, 2017). Assim, pode-se dizer que os objetivos foram alcançados, constituindo-se um ambiente virtual colaborativo.

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