POLÍTICA PÚBLICA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ESTRATÉGIAS E VISIBILIDADES PRESENTES EM SUA EFETIVAÇÃO

Autores:

  • Helena Venites Sardagna
  • Patrícia de Andrade de Oliveira Vicente

Ano: 2021

Nível de Ensino: Pós-Graduação

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
Este trabalho é parte de uma pesquisa vinculada ao Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS), que teve como objetivo analisar como se estabelece a política de inclusão em duas escolas de um município de médio porte da região metropolitana de Porto Alegre/RS e identificar que estratégias podem ser evidenciadas nos desdobramentos dessa política junto de escolas do ensino fundamental. Buscou-se inspiração nas contribuições de Michel Foucault, como base da análise de discursos a partir dos dados empíricos gerados por um questionário on-line e por documentos pedagógicos das instituições participantes. Participaram 21 pessoas de diferentes realidades e que exercem diferentes funções, sendo um integrante da Secretaria Municipal de Educação, 2 membros das equipes diretivas, 2 professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e 16 professores de sala de aula comum que compõem o quadro efetivo das escolas participantes. O exercício analítico gerou a discussão sobre “o governo da inclusão”, a partir da organização dos dados obtidos, permitindo a formulação dos eixos: “Discurso naturalizado para estratégias de condução dos estudantes”; “Visibilidades emergentes para a política de inclusão”. No primeiro eixo, identificam-se marcadores que evidenciam desdobramentos com forte acento no argumento clínico e na importância do laudo, assim como na necessidade de articulação com profissionais da saúde. No segundo eixo, formulam-se apontamentos de demandas, sobretudo no que diz respeito à prevalência do olhar da área da saúde. Os apontamentos também indicam que as estratégias para inclusão precisam superar entraves, como recursos, materiais pedagógicos, serviços de apoio, recursos humanos, a exemplo de monitores e equipes multiprofissionais do setor da educação e da saúde, problemas estruturais, como salas superlotadas, barreiras atitudinais nas escolas e nas famílias, além da necessidade de qualificação dos docentes.

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