Autores:
Ano: 2021
Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico
Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Biológicas
Resumo:
As plantas alimentícias não convencionais (PANC), muitas vezes, são consideradas como “matinhos” ou “daninhas”, por apresentarem crescimento espontâneo e serem de fácil cultivo. A falta de informação acaba fazendo com que essas plantas não tenham valor econômico. De forma similar, plantas medicinais, que consistem em espécies vegetais usadas para prevenir, tratar ou curar algum tipo de enfermidade, muitas vezes são tratadas com descaso. Com cada vez mais opções de medicamentos sintéticos e alimentos industrializados, e devido à falta de evidências científicas sobre seus benefícios, o uso de PANC e plantas medicinais tem diminuído. Nesse contexto, nossa pesquisa tem como objetivo investigar a biodiversidade das PANC e plantas medicinais, através dos seus usos populares e científicos no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Nosso projeto busca resgatar e evidenciar a importância e os benefícios dessas plantas que possuem valor nutricional e medicinal, especialmente, nesse contexto pandêmico que reforça ainda mais as desigualdades sociais. Também buscamos possibilitar o compartilhamento dos conhecimentos ancestrais de pessoas da região do Litoral Norte gaúcho que as utilizam. Como metodologia, partimos de uma pesquisa bibliográfica, buscando conhecer as espécies já catalogadas para a nossa região. Em seguida, realizaremos uma pesquisa exploratória quali-quantitativa, com aplicação de questionários a um grupo de pessoas que possuem conhecimentos tradicionais e/ou populares sobre PANC e plantas medicinais. Como resultados, iniciamos a catalogação das espécies de plantas com potencial alimentício e/ou medicinal presentes na região do Litoral Norte gaúcho e a construção de uma base de dados encontradas. A partir da aplicação dos questionários, esperamos resgatar conhecimentos empíricos e confrontá-los com as informações científicas obtidas na pesquisa bibliográfica, a fim de verificar lacunas no conhecimento científico sobre as espécies medicinais e alimentícias, permitindo direcionar novos esforços de pesquisas científicas. Ressaltamos que a base de dados que está sendo gerada será importante para auxiliar na divulgação de informações, buscando orientar a comunidade regional a buscar uma dieta alimentar mais saudável e acessível com o uso das PANC e plantas medicinais, assim como fornecer subsídios para a elaboração de políticas públicas que incentivem a produção e consumo dessas plantas de forma adequada.