Pibid e as narrativas antirracista no Ensino Fundamental.

Autores:

  • Maria Cristina Schefer
  • Vitoria Azevedo de Lima

Ano: 2021

Nível de Ensino: Ensino Superior

Área do Conhecimento: Extensão - Educação

Resumo:
Este projeto de Extensão está sendo realizado através do Pibid (Programa de Bolsas de Iniciação à Docência) a partir do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), em uma escola municipal de Ensino Fundamental na região periférica da cidade de Osório-RS. A metodologia consiste na elaboração de Sequências Didáticas (ZABALA, 2012), com vídeo-atividades, devido à pandemia da Covid-19, para serem, semanalmente, incluídas nos planos de aula dos professores regentes de turma e postados na plataforma Educar Web. Essa plataforma está sendo utilizada em todas as escolas municipais de Osório. Entretanto, antes de propormos esse trabalho extensionista, coube-nos conhecer a escola e a turma, mesmo que a distância. Nessa escuta de gestores e professores, via Google Meet, recebermos a demanda escolar, e a definição de nossa contribuição ao processo educativo. Foi solicitado que o Pibid/Uergs ficasse responsável por organizar atividades semanais da temática afro-indígena, pois após uma denúncia do Movimento Negro local, a administração municipal recebeu um apontamento do Tribunal de Contas da União pelo não cumprimento da Lei nº 11.645/2008, que obriga essa temática no Ensino Fundamental e Médio. A partir daí, dentro do componente de Língua Portuguesa: Literatura Infanto-Juvenil Oral e Escrita, selecionamos 12 narrativas, seis referentes às questões afro e seis referentes às questões indígenas. Para o tema Afro, que é a parte apresentada aqui, vídeo-gravamos as histórias: a) “O amigo do rei”, b) “História de esperança: Abayomi”, c) “O cabelo de Lelê”, d) “Betina”, e) “Lanceiro Negro” e f) “A cor de Coraline”. Após algumas narrativas pedimos devolutivas das crianças, contudo, respeitando Zilberman & Silva (2008) e evitando o utilitarismo didático ou a transformação de textos em “pretextos” (LAJOLO, 1982), acreditando no potencial do narrado. É importante dizer ainda que, na escola onde estamos desenvolvendo o projeto, 24% das crianças foram declaradas, no momento da matrícula, como sendo negras (pretas ou pardas), desse modo, trabalhar essa temática, neste lugar, é mais do que necessário, trata-se da valorização dessa identidade territorial.

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