A CULTURA DA IMAGEM COMO BASE DA ANSIEDADE

Autores:

  • Adair Adams
  • Morgana de Almeida Trintin

Ano: 2021

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
O humano se constitui nas e pelas relações de identificação com o seu mundo circundante. A partir das revoluções industriais há uma prioridade das imagens e repetições técnicas no repertório da formação humana. Christoph Türcke, na obra “Hiperativos! Abaixo a Cultura do Déficit de Atenção”, argumenta que o excesso de velocidade do espaço e tempo pela grande transformação imagética tem culminado numa cultura das telas. Essa questão é tema do projeto de pesquisa “Ansiedade na educação profissional”, aprovado no edital do Campus Vacaria. A metodologia está centrada em uma pesquisa bibliográfica, da qual o autor citado acima é uma das referências centrais. O objetivo do projeto é compreender o ambiente cultural que está na base da ansiedade, com um recorte para a educação profissional, sobretudo pela pressão do mercado e da tecnificação do mundo humano. O contato incessante inviabiliza uma percepção capaz de pautar reflexões e impressões desenvolvidas, desencadeando uma sucessão de interrupções que ocasionam desprazer para iniciar satisfação. De Freud extraímos uma compreensão de ansiedade, como uma forma de pré-ocupação protetora contra possíveis perigos da relação entre o presente e o futuro. Além da ansiedade moral, em que há uma pressão pelo sucesso proposto por uma ideia de sociedade mercadológica, a ansiedade neurótica tem se consolidado como sentido de apreensão em relação ao desconhecido, próprio de um mundo de incertezas e de uma política fundada no caótico. O medo de não ter sucesso, de não ser bom profissionalmente, cria um ambiente de autodestruição e autopunição por parte dos sujeitos, porque o fracasso é uma culpa do sujeito individual. Encontramos nesse ciclo a repressão de um nível de estresse, que desencadeia, como reação sintomática proveniente da catexia que seria utilizada para concretizar a ação, o que chamamos de ansiedade. Os resultados esperados são: compreensão das origens de uma cultura da ansiedade; reflexão se educação profissional colabora para consolidar essa cultura; visualização de possibilidades ritualísticas que não impliquem num mundo vivido permeado de patologias psicofisiológicas; questionamento dos modos de viver que criam ansiedade patológica e culpa, responsabiliza e propõe tratamentos individuais. Palavras-chave: Ansiedade. Telas. Interrupção.

Baixar arquivo PDF