Políticas públicas educacionais e cinema: Estudo do filme que horas ela volta?

Autores:

  • Maria Augusta Martiarena de Oliveira
  • Priscila Rigoni

Ano: 2022

Nível de Ensino: Pós-Graduação

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Resumo:
Este texto apresenta o recorte de uma pesquisa desenvolvida para o trabalho de conclusão de curso de pós-graduação lato sensu em Educação Básica e Profissional, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - Campus Osório. Compreende-se que o cinema é uma potente ferramenta para retratar questões complexas das relações humanas, e a partir das imagens em movimento os espectadores podem refletir sobre diversos temas como discriminação de raça, de classe, de gênero, de sexualidade, entre outros. Assim sendo, o filme brasileiro Que horas ela volta? (Muylaert, 2015) conta a história de Jéssica (Camila Mardila) uma jovem nordestina de baixa renda e filha de empregada doméstica que deseja prestar vestibular para o curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU. Portanto, o objetivo deste trabalho é desenvolver a análise de uma cena deste filme relacionando-a com as políticas públicas em educação de acesso e de permanência no ensino superior. O referencial teórico se baseia em dois principais conceitos: (i) Educação e Cinema proposto por Lucilla Pimentel, e (ii) Políticas Públicas Educacionais proposto por Mônica Ribeiro da Silva. Além disto, esta pesquisa de caráter qualitativo utiliza como aporte metodológico a Análise do Filme, proposta pelos autores Jacques Aumont e Michel Marie. Os resultados evidenciam que na cena analisada, uma família pertencente à classe média alta demonstra desconforto por Jéssica romper com as expectativas do seu local de origem social ao buscar se inserir em uma área acadêmica elitista, entretanto, a educação é um direito de todos e de todas. Por isso, ressalva-se a importância de se pensar em políticas públicas de acesso e de permanência no ensino superior de maneira qualificada, a fim de garantir que as pessoas de classes baixas tenham as mesmas oportunidades que as pessoas de classes altas.

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