O impacto do descarte incorreto de resíduos na saúde dos garis de Tramandaí

Autores:

  • Sérgio Moacir Job Lima
  • Tatiane Ceretta
  • Fernanda Gross Brusch
  • Luiza Gonzalez Poerari
  • Amanda Zimmer Keppler
  • Lauren Kirchhof de Oliveira

Ano: 2022

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico

Área do Conhecimento: Ensino - Ciências Humanas

Resumo:
Esta pesquisa estuda a condição de trabalho e qualidade de vida de garis do município de Tramandaí, RS, tendo como tema a saúde do trabalhador em seus aspectos físicos e psíquicos. Este assunto é de grande relevância social, pouco explorado e debatido na região. Conforme a visão da comunidade escolar do IEE Barão de Tramandaí sobre a importância sanitária destes trabalhadores, tem como objetivo analisar o impacto do descarte incorreto de resíduos na saúde dos garis. A rotina de trabalho dos garis, o uso de EPIs pelos mesmos e sua relação diária com a população são fatores explorados no decorrer da pesquisa, com a premissa de que a invisibilidade social dos garis afete a sua identidade e desrespeite a dignidade desse trabalhador (BRAGA DA COSTA, 2008). A partir dos objetivos foi direcionado para a comunidade escolar do IEE Barão de Tramandaí um questionário, explorando a percepção popular sobre a visibilidade da atividade de gari na cidade. Em segundo plano, estão sendo coletados dados através de formulário, direcionado à representantes desta classe trabalhadora do município, com questões sobre fatores de risco à sua saúde através do descarte incorreto de resíduos e capacidade para o trabalho. Os resultados parciais apontam que a grande maioria dos entrevistados embala materiais cortantes de forma que estes não firam a integridade física dos garis coletores. Em contrapartida, nota-se a alienação destes, sobre utilização de EPIs pelos garis de coleta que passam regularmente em suas ruas. Na segunda parte da coleta de dados, expõe-se a dificuldade enfrentada pelos garis na sua rotina de trabalho como a indiferença e exclusão social. Ações como o descarte incorreto de materiais cortantes, o mau estado das lixeiras, o posicionamento de sacolas em locais de difícil acesso e até mesmo próximas a cães, são constatadas pela classe trabalhadora, alertando-se também para a falta de empatia e conhecimento sobre o dia a dia dos garis pela população. Acredita-se que, ao final da coleta e análise, os dados poderão balizar futuras ações e promoção da educação socioambiental para melhorias nos modos e ambientes de trabalho desses trabalhadores junto à sociedade, dos lares às escolas.

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