Preconceito e padrões de beleza: reflexos na identidade e relações em sociedade de meninas adolescentes da serra gaúcha


Resumo: O presente estudo reúne e analisa os resultados de uma pesquisa anteriormente realizada das autoras Allana Canacar Biscaia, Ana Carolina Peruzo, Rafaela Longhi Zandonai e, como orientadora, Janine Trevisan. Intitulada, Preconceito e Padrões de Beleza: a relação e seus impactos nas meninas adolescentes da serra gaúcha. Nesse novo projeto, que é subdivisão do anterior, a análise será aprofundada somente nos reflexos na identidade social das meninas afetadas e nas relações em sociedade das adolescentes da serra gaúcha. Enfatiza-se a constituição da identidade social das meninas, relacionando a necessidade de pertencimento social com a busca pela alteração de características físicas ou comportamentais. Investigou-se, também, como as redes sociais disseminam questões de preconceito e padrões de beleza e a forma como as mulheres são representadas em papéis sociais importantes. Como abordagem metodológica, além das leituras acadêmicas acerca do tema com enfoque no livro "Estigma" do autor Erving Goffman, realizou-se entrevistas qualitativas com 10 meninas. Os resultados analisados sugerem que o indivíduo inicia a construção da sua identidade social e visão de mundo desde a infância, sendo perceptível a influência que seus círculos sociais possuem sobre este, principalmente as crenças e atitudes de seus familiares. Esta visão de mundo inclui o pensamento e as práticas dos indivíduos relacionadas ao preconceito, podendo criar alguns padrões de beleza. Um exemplo é referente à questão racial. O preconceito contra o povo negro, considerando a ideia de superioridade branca, gera padrões de beleza notavelmente racistas. Da mesma forma, a existência dos padrões de beleza pode promover alguns preconceitos. Como exemplo, pode-se citar a questão da sociedade capacitista em que vivemos, que exclui as pessoas com deficiência dos padrões de beleza. Por esse motivo, fica nítido o desconforto das entrevistadas desta pesquisa ao relatarem como sofrem com a pressão estética, exigindo delas que sigam à risca um padrão inalcançável e não às dando espaço para focar em seus interesses pessoais, como carreira e lazer. Atualmente, o projeto conta com um perfil na rede social Instagram onde divulgam-se as análises e resultados do estudo completo referido acima a fim de realizar uma intervenção social.

Nível de Ensino: Ensino Médio e Ensino Médio Técnico
Tem protótipo: Não
Necessita de mesa: Sim

Área do Conhecimento: Pesquisa - Ciências Humanas

Integrantes: